quarta-feira, 22 de junho de 2011

Gaijin Sentai: a banda favorita dos otakus se apresenta no sábado

Banda santista Gaijin Sentai

         No dia 25, sábado, às 19h, o palco da concha acústica receberá uma das maiores referências da j-music no país – e sem exagero, me atrevo a dizer, no sul da América.
Gaijin Sentai, banda de Caraguatatuba com fortes influências do Hard Rock e do Heavy Metal apresenta temas inesquecíveis e inconfudíveis dos tokusatsu e animes (seriados e desenhos japoneses) dos anos 70, 80 e 90. Mesmo com esse estilo tão marcante, seus integrantes ainda têm vasto conhecimento de jazz, MPB, blues e música tradicional japonesa – presentes no som da flauta (shakuhasi), em instrumentos de corda (shamisen) e nos tambores (taikos).
        A banda participa desde 2004 de eventos ligados à cultura pop do Japão, sempre ganhando mais e mais fãs (como eu). Nordan Manz e Dani Mancz (nos vocais), Jefferson Amorim (teclado), Arilson Poli (guitarra) e Kleber Amorim (bateria) já se apresentam em cidades como Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Rio de Janeiro, além do litoral e capital de São Paulo, em eventos de grande porte, ao lado de outros artistas e dubladores conhecidos e adorados pelo público otaku. Em 2008 fizeram turnê sul-americana acompanhando o cantor Eizō por Buenos Aires e Santiago. Neste ano a banda esteve pela terceira vez em Portugal, divulgando seu segundo single “The Robot, the Wolf and the Valiant”. E também retornaram à Argentina para participar de um grande encontro de fãs desse universo.
Mesmo sem deixar suas composições próprias de lado, a Gaijin Sentai apresenta um repertório já consagrado da cultura contemporânea japonesa e que o público brasileiro incorporou rapidamente. São canções de seriados e desenhos orientais que têm como foco sentimentos como amizade, perseverança, coragem, entre outras características marcantes nos super-heróis.
          O nome da banda sugere algo como “esquadrão de forasteiros”, já que gaijin no Japão designa o estrangeiro e como nenhum membro do grupo é descendente de japoneses, eles se consideram os “forasteiros” dentro da j-music. Sentai, portanto, quer dizer esquadrão, termo bem conhecido dos fãs dos saudosos seriados como Changeman e Flashman. Aliás, esses dois tokusatsu ao lado do metal hero Jaspion fizeram parte da infância dos gaijin sentai e são as trilhas sonoras que mais os emocionam, especialmente quando o público canta junto – mesmo em japonês. E isso acontece sempre. É muito comum ouvir um otaku cantando músicas em japonês impecavelmente. E bandas como Gaijin Sentai ajudam a propagar essa cultura.
        Praticamente todo fã nascido entre os anos 70 e 80 sabe de cor e salteado todas as músicas executadas nas apresentações, músicas que vão desde os mais velhinhos como Ultraman, Spectreman, National Kid e Lion Maru, passando por Jiraya, Jiban, Black Kamen Rider, Cavaleiros do Zodíaco, Evangelion, Shurato, Dragon Ball, até Death Note, Bleach e Naruto. Imperdível.
(Veridiana Sganzela Santos)

Aos poucos a festa vai ganhando forma

Várias bancas já estão montadas no recinto

2 comentários:

  1. Bom dia, Veridiana!

    Sou garcense e moro em Marília atualmente.
    Passo todo mês de junho contando os dias para a Festa da Cerejeira, de fato é um grande evento da nossa região!
    Adoro a cultura pop japonesa, inclusive, sou adepta ao visual kei, mais especificamente do lolita kei (você pode ver mais sobre esse estilo que tanto amo no meu blog).
    Percebi de uns tempos pra cá um grande aumento do número não só de otakus, mas de simpatizantes de diversas facetas dessa cultura, como J-rock, Fairy Kei, Decora Kei, e a própria cultura lolita. Esse show certamente vai trazer muita alegria para todos nós!
    Ano passado creio que vi ao menos seis lolitas na festa, não é um grande número, mas por ser uma cultura tão exótica - embora venha recentemente surgindo na mídia em várias reportagens - é gratificante ver que está tendo aceitação e cada vez mais adeptas aqui mesmo, no interior!

    Um grande abraço e parabéns pelo post!

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  2. Oi, Marie!
    Obrigada pela mensagem.
    Realmente o número de otakus tem crescido, ainda que timidamente. Como você bem observou, talvez por se tratar de uma cultura ainda exótica para a maioria - as Lolitas, por exemplo, ainda causam certo estranhamento por aqui - esse movimento ainda está engatinhando, mas creio que festa após festa essa cultura vá se disseminando. E isso também de deve a bandas como Gaijin Sentai e aos grupos de cosplayers.
    Bem vinda à Festa da Cerejeira!

    Veridiana

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